Já saiu a nova tabela com os resultados dos produtos mais usados por quem está na jornada FIRE!
Nota importante: Estes números servem apenas como referência e não devem ser usados para comparar diretamente PPRs com ETFs.
O padrão mantém-se, sem surpresas: os ETFs continuam muito acima dos PPRs, mesmo quando olhamos só para números e ignoramos os benefícios fiscais dos PPRs.
Sim, os PPRs têm vantagens no IRS, mas quando vês a diferença na rentabilidade, a conversa muda logo.
O que está a mexer nos mercados em 2025? 

O S&P 500 leva quase +15% YTD, apoiado sobretudo pelo sector tecnológico e pela explosão de tudo o que é ligado a IA. As big techs voltaram a puxar o resto do mercado e isso nota-se bem nos índices.
A IA está mesmo a mexer com isto. Empresas ligadas a chips, cloud e automação continuam a dominar, e isso ajuda a explicar porque ETFs mais concentrados em tech continuam com números absurdos.
Na Europa a história é diferente: o euro continuou forte e isso comeu parte dos ganhos quando convertidos para euros. Nada de novo para quem já investe há algum tempo, mas continua a confundir muita gente.
E o Save & Grow? 
Agora já com 4 anos de histórico, começa finalmente a dar para comparar com mais seriedade. Tem mostrado bons resultados nos prazos curtos, mas mesmo assim fica longe dos ETFs quando olhamos para horizontes que já permitam medir consistência.
PPRs 
Olhando para os números de outubro, a história repete-se.
Invest AR PPR continua a ser o mais estável a longo prazo, com 6,81% a 15 anos. É um resultado bastante bom para as médias que queremos para o FIRE, mas é literalmente metade do que um ETF global deu no mesmo período. Estamos num bull market e quando entrarmos num bear market a média deve descer bastante.
Save & Grow com valores jeitosos nos prazos curtos, mas pouco histórico ainda.
STOIK e Optimize Agressivo mostram muita variação, têm períodos curtos bons, mas não têm consistência.
ETFs 
Aqui é onde as coisas ficam interessantes.
QDVE, focado em tech, continua completamente fora da escala. Nos últimos anos bate tudo: 26% a 3 anos, 38% a 2 anos, 29% a 1 ano. É potente, mas também é muito mais volátil.
CSPX (S&P 500) mantém o equilíbrio habitual e mostra números muito sólidos, com 17% a 5 anos e 13% no último ano.
IWDA continua fortíssimo, com 12% a 15 anos e 15% a 2 anos. É o clássico que tem resultados bastante bons.
VWCE segue praticamente ao lado do IWDA; é global, simples e estável.
E o mais importante:
Mesmo o melhor PPR dos últimos 5 anos anda nos 7%, enquanto os ETFs globais estão entre 13% e 18%. A diferença é gigante.
Conclusão 
Mesmo com o ruído cambial e as correções do verão, a tendência mantém-se clara: ETFs globais continuam muito superiores para acumular no longo prazo.
A IA está a empurrar alguns sectores e isso está a refletir-se diretamente nas rentabilidades dos índices americanos.
PPRs continuam a servir para quem quer aproveitar o IRS. Mas se olhares só para a rentabilidade, fica tudo dito quando comparas os números.
No fim, manter o plano, não stressar com o câmbio e continuar a investir é o que tem funcionado para quem está na jornada FIRE.





