Já saiu a nova tabela com os resultados dos produtos mais usados por quem está na jornada FIRE!

Nota importante: Estes números servem apenas como referência e não devem ser usados para comparar diretamente PPRs com ETFs. Os PPRs têm benefícios fiscais que os ETFs não têm, mas pessoalmente continuo a achar que não compensam, porque mesmo com os benefícios, a rentabilidade tem sido demasiado baixa comparada com ETFs globais.
E como estão os mercados agora?
Nos últimos tempos, o S&P 500 subiu cerca de 12,5% YTD em dólares desde o início de 2025, recuperando bem das flutuações de verão e com um ganho adicional de cerca de 2,3% desde 31 de agosto.
Apesar disso, para investidores europeus, o cenário parece misto: muitos portfólios globais continuam a mostrar descidas leves ou estagnação em euros.
Se tens 200.000€ investidos em ETFs como o MSCI World ou S&P 500, provavelmente estás com uma descida de 10.000€ a 30.000€ no total este ano, dependendo da alocação.
“Porque é que os meus investimentos ainda estão em baixa se o mercado americano subiu?”
Se investes a partir da Europa, isto pode parecer estranho: o S&P 500 vai com +12,5% em dólares este ano. Mas se fores ver o teu ETF, pode estar com -1% a -2% em euros.
A explicação é simples: o dólar caiu mais de 14% face ao euro desde janeiro. Ou seja, mesmo que o mercado americano suba, quando convertemos para euros, o valor total pode estar mais baixo – e este efeito cambial tem sido particularmente forte em 2025.
Exemplo: Um ETF que suba 12% em dólares pode estar com -2% em euros se o dólar se desvalorizou o suficiente. O mesmo acontece com o VWCE e o IWDA, porque têm uma grande fatia de ações americanas (cerca de 70%).
Isto é normal, as moedas sobem e descem com o tempo. Em 2024 o dólar valorizou e beneficiou quem investia a partir da Europa. Agora está a acontecer o contrário. Pode ser chato a curto prazo, mas a longo prazo tende a equilibrar – e os mercados globais continuam em tendência ascendente em USD.
PPRs
O Invest AR PPR continua a ser o mais consistente nos prazos longos, com 6,80% a 15 anos e 4,89% a 1 ano, sem nenhum período negativo nos dados.
O Save & Grow by Caixa de Investimentos brilha nos prazos mais curtos, com 13,09% a 3 anos, 12,73% a 2 anos e 8,63% a 1 ano – mas sem histórico longo disponível.
O PPR SGF STOIK e o Optimize PPR Agressivo mostram a volatilidade inerente, com -1,41% e -0,38% respetivamente no último ano, apesar de ganhos moderados a 5 anos (3,05% e 3,78%).
ETFs
O QDVE (S&P 500 IT) continua a dominar nos prazos mais longos e voláteis, com 20,51% a 5 anos, 24,50% a 3 anos e impressionantes 25,04% a 2 anos – ideal para quem tolera o foco em tech, mas sensível a correções.
O CSPX (S&P 500) oferece equilíbrio sólido, com 13,71% a 10 anos, 14,91% a 5 anos e 16,29% a 2 anos, mais 10,17% no último ano.
O IWDA (MSCI World) é uma escolha clássica para diversificação global, com 12,03% a 15 anos, 13,46% a 5 anos e 15,40% a 2 anos, terminando o ano com 10,00%.
O VWCE (All-World) segue de perto, com 12,40% a 5 anos e 14,82% a 2 anos, mas mais exposto a emergentes.
Conclusão:
Apesar da penalização cambial forte este ano e das flutuações recentes, os ETFs continuam a demonstrar rentabilidades muito superiores aos PPRs a médio e longo prazo.
Mesmo que 2025 termine com retornos modestos em euros, a história mostra que quem se mantém investido é quem mais beneficia no longo prazo.
Mudar de estratégia agora, só porque o euro subiu ou a bolsa oscilou, não faz sentido. O importante é manter o plano, ajustar se for mesmo preciso, e não entrar em pânico com flutuações normais do mercado.